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As Mulheres que Celebram as Tesmofórias é uma comédia sombria e ousada que faz uma “arqueologia do humor”, onde o passado e o presente se encontram numa vingança sem limites. Um grupo de mulheres trans, reunidas no templo de Deméter, decide não só cancelar mas matar Eurípides, o dramaturgo que as retratou de forma cruel nas suas tragédias.

Recorrendo a um humor afiado, a peça usa o original de Aristófanes para concretizar um debate dramático da contemporaneidade.

Mas afinal porque não deixam mulheres trans ir à casa de banho? Mas afinal quem tem liberdade de expressão?

O humor serve e ilumina o presente, questionando de forma tensa tudo o que é identidade, poder ou mesmo a violência simbólica da ideia de “representações”. O humor, que antes era sátira política, torna-se agora uma arma de vingança! Pois é... às vezes é preciso reunir para planear o ataque.



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Duração: A confirmar
Classificação Etária: A classificar

As Mulheres que Celebram as Tesmofórias, de Odete, terá a sua estreia no dia 11 de junho no âmbito da 8.ª edição da PT.25 - Plataforma Portuguesa de Artes Performativas em colaboração com o Teatro Nacional D. Maria II.

Ficha Artística / Técnica

Texto e criação 
Odete

A partir de 
Aristófanes

Interpretação 
Ângelo Custódio, Áquila fka Puta da Silva, Cru Encarnação, Malia Imaan, Odete, Tita Maravilha

Maquilhagem
Beatriz Neto 

Desenho de luz 
Bee Barros 

Assistência de encenação 
Mário Coelho 

Apoio à dramaturgia 
Ricardo Braun 

Apoio à pesquisa 
Gisela Casimiro, João Paulo André, Pedro Augusto, Puta da Silva

Produção 
Parasita

Coprodução 
Teatro Nacional D. Maria II

Produção integrada no STAGES, um projeto cofinanciado pela União Europeia

Odete

Odete trabalha entre a performance, o texto, as artes visuais e a música. O seu trabalho é obcecado com a escrita historiográfica, usando o erótico e a paranóia como duas formas somáticas de se relacionar com os materiais de arquivo. Escreve através do seu corpo, especulando biografias de personagens históricas através de prazeres epidérmicos: moda, personalidade, presença, fragrância, graça, sensibilidade. Ela afirma ser filha bastarda de Lúcifer, descendente da prática medieval de pactos satânicos para alterar a genderização do corpo. Ultimamente, tem estado a investigar e a trabalhar na criação de pontos de ligação entre as histórias "efeminadas", desde os Castrati barrocos até aos dândis do século XIX.