Este é o nosso território... Devastado, apocalíptico, fértil.
O que acontece quando não temos nada para dizer, nada para observar.
Como reage o nosso corpo, perante um espaço hostil e um vazio fisico do individuo que se fascina por qualquer extensão dele próprio em qualquer outro material que ele mesmo. Uma colecção de instantes e histórias em processo ordenador e configurador da realidade alargando-se ao imaginário, à fisicalidade das ideias, num território “contentor” onde o corpo pode ser facilmente abandonado e esquecido.
Conquistar o território com o corpo...
O corpo torna-se o território...
Wasteland é um dueto.
Começa por ser uma intervenção física de um corpo no outro e uma tomada de consciência dos dois corpos num mesmo espaço.
Começámos a assistir a uma certa recusa e afastamento da ilimitada expressão e linguagem do corpo, tornando-se num território contentor onde o corpo e suas potencialidades são facilmente esquecidas.
Entregámo-nos à responsabilidade de criar simultaneidade e sintonia entre dois corpos que facilmente se entregariam ao desencontro fisico.
Desafiámo-nos a tentar lembrar o prazer de descobrir onde o corpo criativo se torna parte do jogo do processo criativo. Encontrámos um corpo que se tornou instrumento de expressão abstracta e um processo que se tornou num desdobramento poético do corpo.
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