brother é uma criação para 7 intérpretes que estabelece uma relação de complementaridade com o anterior trabalho Hu(r)mano. Em ambos, o foco é a dança existente em contexto de grupo, mas descolam-se uma da outra nas referências temporais e nos processos de composição.
Se em Hu(r)mano se abstratiza e se formaliza a dança contemporânea urbana, em brother olho para uma ancestralidade comum e procuro pontos de afinidade e similaridade que sobreviveram às passagens geracionais e que estão reminiscentes nos corpos e na dança que ainda hoje se desenvolve.
O que procuramos juntos através da dança? brother compõe-se através do mimetismo constante entre os intérpretes que é gerador de movimento, comportamentos e padrões. Desenvolve-se vocabulário não-verbal que se regenera e se transforma ao longo do tempo através de compromissos ou desbloqueadores que individualmente cada um manifesta. Surgem e desvanecem pontes móveis entre o agora e o longínquo. À macro-escala é uma reflexão sobre herança, memória, códigos, processo de aprendizagem e transmissão. brother é também um incómodo “bother”. Uma tentativa de pulsar comum, uma sensação de pertença e de afeto, um eco de forças externas, e no fundo, uma assumida fragilidade pela constatação de perda e finitude. Um pernoitar por este lugar que se faz fazendo.
Direção artística e Coreografia Marco da Silva Ferreira Assistência artística Mara Andrade Intérpretes Anaísa Lopes, Cristina Planas Leitão, Duarte Valadares, Filipe Caldeira, Marco da Silva Ferreira, Max Makowski, Vitor Fontes Direção técnica e desenho de luz Wilma Moutinho Música (live act) Rui Lima e Sérgio Martins Produção executiva Célia Machado Produção Pensamento Avulso, associação de artes performativas Coprodução São Luiz Teatro Municipal (PT); Teatro Municipal do Porto (PT); Centre Chorégraphique National de Rillieux-la-Pape / Direction Yuval Pick (FR) Parceiros (residências) Centro Cultural Vila Flor, O Espaço do Tempo, Quinta do Rio Apoio: República Portuguesa - Cultura I DGArtes – Direção-Geral das Artes