

| MOÇAMBIQUE * Jorge Andrade / mala voadora |
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| mala voadora é um projeto artístico que opera num triângulo entre (1) a experiência de fazer teatro reequacionando, a cada novo espetáculo, o que esse “teatro” pode ser; (2) a invenção de eventos e programas nos quais se juntam artistas e/ou se juntam artistas e pessoas; e (3) o uso de uma casa na Rua do Almada, no Porto, com vários espaços de trabalho e residência. Foi fundada, em 2003, por Jorge Andrade (encenador, ator e dramaturgo) e José Capela (cenógrafo e arquiteto), responsáveis pela direção artística, aos quais se juntaram, em 2013, Vânia Rodrigues como coordenadora de gestão e programação, e Joana Costa Santos agora responsável pela direção de produção. A mala voadora é apoiada bienalmente pelo Ministério da Cultura / Direção Geral das Artes, e é estrutura associada d’O Espaço do Tempo e da ZDB. A mala voadora produziu 38 espetáculos e tem sido presença regular nos principais palcos e festivais nacionais e estabelecido coproduções com as mais prestigiadas instituições; apresentou o seu trabalho também em Alemanha, Bélgica, Bósnia Herzegovina, Brasil, Cabo Verde, Escócia, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Grécia, Inglaterra, Líbano e Polónia; e tem sido incluído em mostras de teatro português no âmbito de Chantiers d’Europe (Théâtre de la Ville, Paris), Iberian Suite (The Kennedy Center, Washington), e plataformas PT (O Espaço do Tempo, Montemor-o-Novo). Os espetáculos caracterizam-se pela sua persistente especulação em torno do que pode ser teatro, do que pode ser “texto dramático”, e pela tensão entre materiais externos e internos à tradição teatral. A mala voadora publicou vários textos de Chris Thorpe, seu colaborador regular, e encontra-se a dar início à publicação de textos de Jorge Andrade. Em 2013, a mala voadora inaugurou o seu edifício na Rua do Almada, no Porto, onde usufrui de espaços de trabalho, apresentação e residência, e a sua atividade passou a desenvolver-se num âmbito alargado no qual se inter-relacionam e contaminam diversos tipos de eventos, práticas artísticas e colaborações. Pode referir-se, a título de exemplo, o programa Uma Família Inglesa, no qual se potencia e expande uma rede de parcerias antes inaugurada em cocriações de espetáculos, e se apresentam obras de várias áreas; ou Happy Together, em parceria com o Fórum do Futuro, no qual se cruzam o tema do fórum e os interesses artísticos da mala voadora, num programa transdisciplinar que inclui conferências e a apresentação de obras escolhidos no âmbito de um call for art. Também em 2013, o edifício da Rua do Almada passou a acolher espetáculos e residências de artistas nacionais e estrangeiros, potenciando a multiplicidade dos seus espaços e apoiando sobretudo artistas emergentes ou particularmente experimentais. Em 2004, Jorge Andrade foi distinguido com a Menção Honrosa do Prémio Madalena Azeredo Perdigão, atribuído pela Gulbenkian, pela encenação de Os Justos. Em 2007, foi convidado para criar um espetáculo para o Fórum O Estado do Mundo, no âmbito da comemoração do 50º aniversário da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 2012 os espetáculos overdrama e memorabilia foram nomeados para os prémios SPA/RTP nas categorias de melhor espetáculo e melhor cenografia, respectivamente. Ainda em 2012, o espetáculo what I heard about the world, cocriação da mala voadora e dos britânicos Third Angel, foi nomeado para melhor espetáculo do Fringe Festival de Edimburgo, pelos Total Theatre Awards. Em 2016, Pirandello foi galardoado com o Prémio Autores SPA/RTP na categoria de melhor trabalho cenográfico. Em 2017, Moçambique foi nomeado para os prémios SPA/RTP nas categorias de melhor espetáculo e melhor trabalho cenográfico e distiguido com uma Menção Especial da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. |
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